Joaninha num dia era só meiguice e candura, feliz consigo mesma por ter acordado bem após ter dormido um pouco mais. Saiu para o trabalho agradecida ao Senhor Criador pelo sol que lhe aquecia o corpo e o coração, esse mesmo coraçãozinho saltitava de alegria pelas pequeninas coisas que o Criador concedia. Por exemplo: permitir um trem novo e confortável direto para Poisé sem baldeações cansativas num trem velho.
E assim alegre, com o coração e a alma leve Joaninha trabalhou até o meio da tarde, quando se lembrou da compra que fizera dias atrás. Telefonou para uma pessoa da família e confirmou algo...
Puuf!
Toda alegria, tranquilidade, paz, meiguice sumiram! Evaporaram no ar!
Joana se deu conta que tinha sido enganada numa compra, passada para trás. Achou que era bobinha, boazinha e que por isso se aproveitavam. Pensava com certeza que a pessoa parente tinha agido de má fé.
Esses pensamentos foram aparecendo como águas numa torneira aberta, e como tal eram os sentimentos de tristeza, amargura, revolta, autopiedade...
Seu belo dia até então colorido tornou-se cinza.
Como os sentimentos podem mudar assim de repente??
Joaninha chegou em casa "trincando" de nervoso. Quanto mais pensava, menos se conformava com o ocorrido. Como ela pôde fazer isso comigo? - pensava. Contou para as
filhas como se sentia terrivelmente irritada e nervosa e o motivo para tal.
Conversou com a parente, disse-lhe como se sentia mas tomando cuidado para não proferir palavras das quais pudesse se arrepender depois.
Mas disse: estou brava com você.
Joana não parou de pensar nisso, dormiu, e acordou de madrugada inconformada com a situação.
Novo dia surgiu, Joninha foi para o trabalho e lá tudo a irritava, tudo a incomodava.
Algo maior a incomodava porém... sentia-se culpada, será que estava sendo egoista,
permitindo que coisas materiais tirassem sua paz?
Falava com o Criador: Estás me testando Senhor? Sabia que Ele tudo provia, que lhe daria tudo, muito além do que pensasse ou pedisse. Percebia que devia apenas crêr, vigiar o tempo todo para que situações assim não lhe roubassem a fé e atrapalhassem seu relacionamento com seu Criador. Senhor, disse ela, tu sabes de tudo, mesmo que não aja uma palavra em minha boca. Sabia que Ele lhe ajudaria a controlar o seu Eu. Estava novamente em paz, foi uma lição, nada de tristeza e agonia. Não importava mais se perdera alguma coisa material, podia tudo nele que a fortalecia!
E pensou que todos os dias devia lembrar do que está no Salmo 103:01 -- "Ó minha alma, louve ao Deus Eterno! Que todo o meu ser louve o seu santo nome!"
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